Questões filtradas por: cargo de professor - língua portuguesa 451e6w

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001
Matéria: Português
Órgão: SEDUC-RJ
Ano: 2015

COMO LER NAS “ENTRELINHAS”?As conhecidas “entrelinhas” são uma boa metáfora visual para aquilo que poderíamos designar, de maneira mais apropriada, como o “não-dito” de um texto. Entre uma linha e outra não há supostamente nada exceto o branco da página, da mesma maneira que o não-dito obviamente não foi escrito, logo, não pode ser lido.Entretanto, lembremos que a linguagem humana é simultaneamente pletórica e insu?ciente: sempre se diz mais e menos do que se queria dizer. Até mesmo um texto prosaico e informativo esconde algumas informações e sugere outras, que se nos revelam se soubermos ler... nas entrelinhas. Ora, um texto de ?cção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas, justamente para poder tanto esconder quanto sugerir mais informações. Desse modo, ele desa?a o seu leitor a decifrá-lo, vale dizer, a escavar as suas entrelinhas.Nos dois parágrafos acima, por exemplo. O que se encontra nas entrelinhas? O que eu não disse? O que estou escondendo?Quando digo que “um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas” e “desafia o seu leitor a decifrá-lo”, vejo-me escondendo nada menos do que o próprio autor do texto, porque empresto consciência e vontade a uma coisa, isto é, a um texto. Se o meu leitor percebe que fiz isto, ou seja, se o meu leitor lê nas entrelinhas do meu texto, ele pode me interpretar ou de um modo conservador ou de um modo mais ousado.O meu leitor conservador pode entender que apenas recorri a uma metonímia elegante, dizendo “texto” no lugar de “autor do texto” por economia de palavras e para dar estilo ao que escrevo. O meu leitor ousado já pode especular que sobreponho o texto ao seu autor para sugerir que a própria escrita modifica quem escreve, e o faz no momento mesmo do gesto de escrever.Ambas as interpretações me parecem válidas, embora eu goste mais da segunda. Talvez haja outras leituras igualmente válidas, embora nem tudo se possa enfiar impunemente nas entrelinhas alheias. Em todo caso, creio que achei um bom exemplo de leitura de entrelinhas no próprio texto que fala das entrelinhas...Se posso ler nas entrelinhas de textos teóricos ou informativos como este que vos fala, o que não dizer de textos de ficção? Este meu texto não se quer propositalmente ambíguo ou plurissignificativo, mas o acaba sendo de algum modo, por força das condições internas de toda a linguagem, o que abre espaço para suas entrelinhas, isto é, para seus não-ditos.Um texto de ficção, entretanto, já se quer ambíguo e plurissignificativo, assumindo orgulhosamente suas entrelinhas. Estas entrelinhas são maiores ou menores, mais ou menos carregadas de sentido, dependendo, é claro, do texto que contornam. Textos menores e mais densos, por exemplo, tendem a conter entrelinhas às vezes maiores do que eles mesmos.É o caso do menor conto do mundo, do hondurenho Augusto Monterroso, intitulado “O Dinossauro”. O conto tem apenas sete palavras e cabe em apenas uma linha: “quando acordou, o dinossauro ainda estava ali”. As entrelinhas cercam este conto, provocando muitas perguntas, como, por exemplo:1. Quem acordou? 2. Quem fala? 3. Onde é ali? 4. O dinossauro ainda estava ali porque também se encontrava lá antes de a tal pessoa dormir, ou porque ela sonhara com o dinossauro e ele saiu do sonho para a sua realidade? 5. O dinossauro que ainda estava ali é o animal extinto ou um símbolo? 6. Se for o animal extinto e supondo que o conto se a na nossa época, como ele chegou ali?7. Se não se a na nossa época, então em que época se a a história? 8. Se, todavia, o dinossauro é um símbolo, o que simboliza?Na verdade, as entrelinhas contêm as perguntas que um texto nos sugere, muito mais do que as respostas que ele porventura esconde. A nossa habilidade de ler nas entrelinhas se desenvolve junto com a nossa habilidade de seguir as sugestões do texto e de formular perguntas a respeito dele e mesmo contra ele, para explorá-las sem necessariamente respondê-las de uma vez para sempre. Gustavo Bernardo (Adaptado de: revista.vestibular.uerj.br/coluna/)Em "um texto de ficção amplia conscientemente o espaço das suas entrelinhas", pode-se observar uma metonímia por tal expressão basear-se na seguinte relação: 724z6e

002
Matéria: Português
Órgão: IF-SC
Ano: 2014

Considere a leitura do texto a seguir para responder à questão. Língua em funcionamento Uma das razões, entre tantas, que explicam os resultados pífios de doze anos de escola, especialmente em testes de leitura, é que muitas práticas escolares são irrelevantes ou banais. Estudos de livros didáticos mostram que ainda se discutem ou analisam frases como “O menino leu o livro” ou que as atividades de leitura param nas perguntas e respostas óbvias: “Era uma vez um rapaz que gostava de rock” etc. Responda: Do que gostava o rapaz? Podem-se fazer coisas mais interessantes. A primeira é analisar textos que ofereçam verdadeiros problemas, e não nenhum problema, como o exemplificado acima. Se, em vez de ler “o pato nada na lagoa” (gerações fizeram isso…), os alunos lessem “o pato nada com duas patas”, o trabalho poderia render um pouco mais, sem cansar ninguém. Ao contrário, até pode divertir. Se os alunos não sacarem, explica-se que “duas patas” pode designar tanto os membros que o pato movimenta para ir em frente quanto duas fêmeas da mesma espécie que o acompanham nessa atividade corriqueira. Mas que não se mande, logo em seguida, fazer uma lista de femininos. Seria deprimente (na verdade, deveria escrever outra palavra). Espero que ninguém diga que um texto como esse insinua algum tipo de imoralidade ou que é uma defesa sub-reptícia da poligamia ou da infidelidade matrimonial… Frases curtas são bons materiais para este tipo de análise [...], porque o controle do texto pode ser facilitado. Atividades aparentemente banais como esta aguçam a mente dos alunos, e os deixam atentos para ver coisas similares nos textos que devem ler continuamente. Autor defunto / defunto autor logo deixa de exigir longas explicações. O poeta é um fingidor (finge dor?) /finge tão completamente (mente?) /que chega a fingir que é dor (fingidor, finge dor) etc. Pode não ser uma leitura a ser defendida em um congresso, mas não ver esses jogos no texto é muito pouco. Piadinhas oferecem “detalhes” que desenvolvem o ouvido e o cérebro: – O que a célula disse ao barbeiro? – Mitose. Diversas coisas são interessantes (mas não se trata de nada transversal…). Mas olhe-se de perto “mitose”. Pode-se sacar a forma “me tose”, que não é mais uma só palavra nem se escreve com “i”. Claro, pode-se ver também que, se “me tose” gera uma piada, “tose-me” a impede… Lição de sintaxe do português vivo? Uma charada como “adora regiões” (dica: estado brasileiro), cuja resposta é Amazonas revela uma questão semelhante: como saber se “amazonas” é uma palavra ou se são duas? Se estivermos lendo textos que tratam do Brasil, de seus estados etc., por mais que, ao ler “amazonas”, o demônio do duplo sentido nos assalte, temos que reprimir esta tentação e ler uma palavra só. Mas se estamos jogando e não descobrimos que “gosta de” é igual a “ama” e “regiões” é igual a “zonas”, então estamos ficando com a cabeça seca… A verdadeira língua não diz sempre “o gato mia” ou “Eva viu a uva” (essa até que é boa, comparada com a outra), mas é (seria) muito melhor poder ler - Ave, Eva! - Ave, Adão”dividindo as palavras de outra forma na resposta de Eva. No Éden se falava português? Pode ser que não, mas no reino das piadas, pode ser que sim. E o casal parecia bem humorado, antes de a cobra se meter (epa!).(POSSENTI, Sírio. Língua em funcionamento. Disponível em: < http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2011/10/20/lingua-em-funcionamento/>. o em 14 fev. 2014).Com base no texto, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. ( ) Sírio Possenti compreende a língua como se fosse um código, um conjunto de signos que se constituem a partir de determinadas regras e deve ser dominado pelos emissores e receptores, em diferentes situações e contextos, para que ocorra a comunicação. ( ) O linguista atenta para a importância de um ensino de língua voltado para seus usos e reflexões e critica atividades que têm aparecido por muito tempo em livros didáticos, que se restringiam à localização e/ou repetição de informações. ( ) Possenti procura chamar atenção para a relevância de determinados gêneros discursivos no ensino de Português e para as frases que, embora curtas, fortalecem a aprendizagem da nomenclatura e da colocação pronominal.( ) O autor defende que o ensino de Português pode ser feito também com piadas, porque, além de oferecerem divertimento, desenvolvem a percepção e colaboram para um olhar polissêmico a respeito do léxico e da língua. ( ) O pesquisador, apesar de valorizar a gramática normativa, reforça o ensino de língua por meio de textos escritos, os quais são compreendidos como um processo, porque dependem da participação do leitor – aquele que, recriando, vai completar as lacunas. Assinale a opção que contém a sequência CORRETA de cima para baixo. k2m2x

003
Matéria: Português
Órgão: IF-SC
Ano: 2014

Assinale a alternativa CORRETA, considerando as frases a seguir. I. Os pacientes que aguardavam por uma consulta desde as 7 horas foram atendidos. II. Os alunos, que terminaram a prova antes do intervalo, foram dispensados das últimas aulas. III. A moça perguntou à prima se ela havia sido convidada para o baile. 6d3t71

004
Matéria: Interpretação de Textos
Órgão: SEDUC-AM
Ano: 2011

Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue os itensde 91 a 95.No terceiro parágrafo, menciona-se a metáfora do jogo de xadrez, que Saussure utilizou para demonstrar sua concepção de como ocorre o aprendizado de uma língua. 305a

005
Matéria: Coesão e coerência
Órgão: SEDUC-AM
Ano: 2011

Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos textuais,gramaticais e estilísticos do texto acima.Contribuem para a coerência textual os seguintes fatores identificados no texto: a continuidade de sentido das frases e o encadeamento lógico das ideias apresentadas. 1g1p54

006
Matéria: Segunda Guerra Mundial
Órgão: Prefeitura de Congonhas - MG
Ano: 2010

“Sabe no futebol, quando você está naquela pressão dos minutos de acréscimo? É assim que me sinto”, disse ao G1 Efraim Zuroff, o maior caçador de nazistas do mundo, com uma risada desesperada ao telefone. Ele se referia ao pouco tempo que tem para colocar no banco dos réus alguns nazistas suspeitos — e até já condenados — por atos criminosos durante a Segunda Guerra Mundial. Na semana ada, Adolf Storms, um dos homens mais procurados por Zuroff, morreu na Alemanha, aos 90 anos. Infelizmente, muito infelizmente, ele morreu sem ser julgado”, disse o historiador. (Giovana Sanchez, Do G1) Sobre o Nazismo alemão do século XX, é correto afirmar: I. No plano econômico, o governo nazista alemão estimulou o crescimento da agricultura, da indústria de base e, sobretudo, da indústria bélica, gerando diminuição do desemprego e ignorando os termos do Tratado de Versalhes. II. O presidente na Alemanha era tradicionalmente chamado de Führer (guia, condutor) e Hitler assumiu este posto em vitória esmagadora alcançada em eleição popular, realizada em 1934, quando finalmente o nazismo venceu o socialismo na Alemanha. III. O III Reich (Terceiro Império), muito utilizado por Hitler, é a designação que se refere a uma sequência do Sacro Império Germânico, da Idade Média, e ao Segundo Império, que se estendeu da Unificação dos Estados germânicos, em 1871, à República, em 1918. IV. O nazismo proclamava a “superioridade biológica da raça ariana” (a que pertenceria o povo alemão), mas não a necessidade de dominar as “raças inferiores” as quais eram profundamente desprezadas, àquela época, pelo povo alemão. Estão corretas apenas as afirmativas: t49q

007
Matéria: Pedagogia
Órgão: Prefeitura de Angra dos Reis - RJ
Ano: 2011

“O aluno é colocado diante de um onde aparece uma questão relativa a algo que ele já conhece e, ao mesmo tempo, uma nova informação sobre o mesmo tema. O aluno deve responder à questão apresentada e, se acertar, a máquina ará automaticamente para a questão seguinte, que será referente à informação dada imediatamente antes. Se não acertar, não poderá prosseguir, devendo retornar a algum o anterior.” (Fontana e Cruz) Essa é uma breve descrição do funcionamento da “máquina de ensinar” idealizada por Skinner. Dessa “máquina de ensinar”, derivou, na educação formal, o: 72112x

008
Matéria: Redação - Reescritura de texto
Órgão: SEDU-ES
Ano: 2008

Com relação às idéias e estruturas do texto acima, julgue os itensa seguir.Haveria erro gramatical caso se substituísse o trecho “Pior: não se vislumbra” (L.25) pelo seguinte: O pior é que não se vislumbra. 6h605q

009
Matéria: Interpretação de Textos
Órgão: SEDU-ES
Ano: 2008

Julgue os itens seguintes, relativos ao texto acima.Em “e a dos capixabas” (L.5), subentende-se a palavra situação logo após “a”. 6s3r4q

010
Matéria: Morfologia - Pronomes
Órgão: SEDU-ES
Ano: 2008

Em relação ao texto acima, julgue os itens de 86 a 89.Em “elevá-la” (L.23), o pronome “-la” é elemento coesivo que retoma o antecedente “qualidade do ensino”. 6kb3v